segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Eu perdi... Uma luta que nem sequer lutei. Só me resta continuar adquirindo essas olheiras, marcas desses sonhos de angústia que venho tendo há algumas noites. Eu nem sei o que se passa. Minha vontade de chorar é maior que meu impulso; não cabe, não basta, não se dissolve, não se derrama. E essa bomba que trago em meu peito, não estoura nem desarma.

Eu quero dançar!

domingo, 31 de outubro de 2010

A ponta

No fritar dos ovos
No quebrar das ondas
No final das contas

sábado, 30 de outubro de 2010

"Se escrevo sobre minha vida, tenho que torná-la digna para tal".



"Nada nunca dá certo de vez. Eu sei. Tudo termina sempre acabando. Só o fim permanece. O fim eterno de todas as coisas. Então, me dissolvo antes do fim. Eu me dissolvo".



Camila Lopes em Nome Próprio,
filme dirigido por Murilo Salles
.
Texto por Viviane Mosé. Baseado na
obra de Clarah Averbuck.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Você me olha

Assim

Com seus olhos

Pequenos

E me toma

Num único

Gole

Me engole

Urro jorrado

Estou vazando

Então
eu grito

Não o gemido débil de quando acordo assustado
de um pesadelo com um homem-lobo
Mas o urro indignado de revolta, que sai como um jorro de ira,
na tentativa de que algo verta
de dentro de mim

Me encho de tudo isso, sem entender ao certo
que conteúdos são esses
que me invadem
sem pedir licença,
como a um vaso vazio e ignorante.

Que me oprimem e me vegetam,
sem me dar nenhuma chance

E então,
eu grito

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ser (p.s. 2)

p.s. 2: Porque pra ser quem eu sou eu me enfrento todo dia.
E, definitivamente, dessa luta ninguém sai ileso.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ser

Desafiador é SER quem se É
SER é uma guerra diária
NÃO SER também

p.s.: Não, não estou falando de auto afirmação a qualquer custo, egoística e sobrepujante.
Estou falando de SER, com todos os custos inclusos, friccionando-se ao outro, mudando ou não (Mas, de um jeito ou de outro, a gente sempre muda!).

Querer e não ter

Quero tudo
Sem sacrifícios

É pedir muito?!?

Não quero pouca coisa não
Quero muito (E isso não é querer demais)
Mas sem sofrimento, por favor

Dá pra ser ou tá difícil?

Sem sacrifícios...

Ter tudo dá tanto trabalho que quase chego a achar que é melhor ficar sem nada
Só não me conformo com nada, porque apesar de não ter o tudo também não tenho o nada
E apesar disso e por isso mesmo, quero tudo (Ou quase tudo. Quase nada...)

Céus, como eu sou patético!

Não quero o que tenho
Não tenho o que posso
Não posso o que quero

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sabotagem

Para Breno Volpini:


Pois é... Eu me sabotei.
Percebi que uma escrita forçada seria um tanto quanto desrespeitoso e agressivo para comigo. É claro que em todo esse tempo algumas inspirações surgiram e acabaram não vindo pra cá por falta de esforço meu mesmo. Por isso, vou tentar postar mais. Mas todo dia não. Todo dia é demais pra mim. Duro demais. Pouco Michel demais.
Com carinho.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Adoro os fins de tardes de inverno. O céu fica tão azul, a brisa tão fresca, o Sol tão brilhante. =)

domingo, 21 de junho de 2009

Que reluz no turvo

Basta que eu perca o olhar um instante
E cenas nossas acendem meu escuro
Seus cantinhos,
seus cochichos,
seus carinhos,
meus caminhos
Acendem meu escuro

Ascendo do obscuro
E brilho
Eu vivo
Eu vivo

terça-feira, 26 de maio de 2009

Resmungos

Meu irmão liga a TV e sai de casa. Eu desligo a TV. Ele chega, e liga a TV. E sai de casa. Desligo a merda da TV. Canalha.

O que mais me chateia no meu blog, é que eu só venho aqui pra reclamar. Puta que pariu, vai ser reclamão assim na casa do caralho.

E xingar pra mim já até perdeu consideravelmente o propósito. O ato de xingar só é bem sucedido entre aqueles que se proíbem de fazê-lo. Afinal, caralho é uma coisa boa demais pra ser usada como xingamento. Buceta também. E cú! E as putas, o que se tem contra elas? É a profissão mais antiga da humanidade, que orgulho. Deixa elas parirem, qual o problema?

O nome do blog devia ser: resmungos certamente chatos.

sábado, 9 de maio de 2009

Angústia


Eu fui enchendo... enchendo... enchendo... Tô quase estourando.

Não gosto do que escrevo. Fiz o blog pra me forçar a escrever, pra exercitar minha maneira de vazar. No entanto, parece que escrevo, escrevo, escrevo e não escrevo nada.

Tô adiando...

Passei a escrever pra traduzir-me para uma língua que eu compreenda. Porém as palavras não dão conta de mim, embora me ultrapassem. Eu não me sacio...

Estou desistindo de mim... A fadiga me toma; o tédio se tornou uma companhia desagradável e inconveniente que nunca vai embora. E o pior: Estou começando a ficar indiferente a isso.

Cansar-se faz parte, estou vivo.

Viver não é se cansar.

Descansar não significa deixar de viver.

E como se descansa sem deixar de fazer o que se faz? Devo parar! Não quero mais fazer se estou fadigado...

Talvez eu deva diminuir, mas não parar. Alterar, mas não inverter. Estamos aonde estamos para abrir asas.

Minhas asas atrofiaram...

Pára, pára! Quem é você?!

Sou eu. Sou eu hoje e ontem também era eu... Amanhã serei eu de novo. Me cansa! Eu de novo... Me cansa! E de novo...

Nunca me foi tão custoso fazer coisas tão simples. O que quero, não há. O que há, renego.

Tá tudo tão árido, tão insosso, tão estéril.

Entretanto, continuo sendo eu, agindo como sempre agi. Me pego me comportando como se tudo estivesse bem como sempre esteve, e penso que de fato tudo está. Mas depois, concluo que não... Ou que sim, e ainda assim não estou satisfeito, porque no fim das contas apenas estou vivendo da única forma que sei... É tudo automático.

Dei-me conta de que tenho achado que quase tudo está errado. Começo a achar que, para eu estar com essa impressão, deve haver algo primordial mal colocado, ausente, falho em minha vida, algo básico, que acaba por deixar toda a estrutura abalada. Como um prédio sem um de seus pilares... Manquei todo esse tempo até aqui.

domingo, 3 de maio de 2009

Pensei melhor e descobri que menti.
Não é que eu adore.
Mas
Ainda assim
bato em quem amo.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Adoro bater em quem amo.
Um beijo é o início de todo o resto.

Fim de semana cinematográfico

No fim de semana passado li textos para fazer um trabalho da faculdade, bebi, joguei baralho e ri a lot com amigos. Queria ter ido a praia, mas não deu. Assisti Notas sobre um escândalo (Com Judi Dench e Cate Blanchett, indicadas ao Oscar 2007) e As virgens suicidas (De Sofia Coppola, com Kirsten Dunst e Josh Hartnett). Ambos são baseados em livros. O primeiro é sensacional, tem atuações animais; a história fala de segredos, traição e desejo, muito desejo, numa forma bastante original e surpreendente. Em alguns momentos me pareceu que a direção quis abordar a obsessão como algo doentio e recriminável. Todavia, acho que houve também a tentativa de deixar uma dúvida, uma sensação de que as personagens eram tão humanas quanto qualquer um, que sob certo ponto de vista elas estão longe do absurdo. Comigo, esse objetivo foi alcançado. A questão que ficou na minha cabeça foi: Qual o limite que separa desejo de obsessão? A nossa sociedade não hesita em repugnar os desejos, mas todos desejam...

O segundo filme, cujo enredo se passa na década de 70, em uma comunidade de Michigan, consegue passar o marasmo da época sem causar sono, deixando-nos instigado pra saber qual será a cena seguinte. Provavelmente o livro é muito melhor que o filme, mas o filme também vale a pena. Não sabia que a Kirsten Dunst era capaz de fazer algo melhor que a Mary Jane. O filme deixa no ar a conclusão de que há fatos que simplesmente não se explicam. Por maior que seja a busca de vestígios, o raciocínio, o encaixe de peças, a resposta nunca surge. Porque ela não existe. As coisas apenas acontecem, sem respeito algum a nossa razão.

Quarta-feira eu vi Piaf, que conta a história real da cantora de mesmo nome. Cara, este filme me tocou de um jeito bem estranho... Durante todo o filme eu só conseguia pensar três coisas: Como o caráter da Piaf era encantador, como ela era a encarnação da música e como pode uma pessoa sofrer tanto do início ao fim da vida. Ela sofre desde a infância até o último suspiro! E ainda assim ela tinha um jeito admiravelmente peculiar, meio arredio, meio rabugento apesar de humilde, bastante insubmisso, desesperadamente sofrido entretanto desesperadamente alegre. E quando ela canta... Ah, quando ela canta! Parece que jorra tanta intensidade que faz todo seu sofrimento perder importância (E/ou talvez ao mesmo tempo fazer todo o sentido). Um belíssimo filme.

É raro eu ir a locadora, pegar três filmes e não me arrepender pelo menos um pouquinho a respeito de algum deles. Hoje é feriado, de novo tinha me programado de ir a praia mas o dia amanheceu nublado. Queria locar filme, mas não sei se a locadora está aberta.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Abusam de mim só porque não sei chorar.
NÃO SEJAM, não sejam hipócritas comigooo!!! NÃO FUJAM! ME ENFRENTEM! Eu estou aqui! Não finjam que não vêem a carcaça que jaz no centro da sala de estar!!! HIPÓCRITAS FUDIDOS!!! HIPÓCRITAAAS FUUUDIIIDOOOS!!!
ESTÁ CADA VEZ MAIS DIFÍCIL AGUENTAR. MINHA VONTADE É DE MANDAR QUE TODO MUNDO SE FODA, QUE ALIÁS É UMA DAS POUCAS COISAS QUE VALEM A PENA NESSA VIDA, VÁ À PUTA QUE TE PARIU! PORRA!!!