As paixões, o carma e a felicidade

Tenho sentido medo do que estou fazendo da minha vida. Ao mesmo tempo, sinto que não estou totalmente sob meu próprio controle. Que posso eu fazer diante disso? Temo estar imitando meus pais, seguindo padrões, cumprindo meu carma...

Com muito custo compreendi que o desejo não é menos importante do que a razão e a moral; que ceder a impulsos não é indigno. Aprender a fazer o que se quer é um desafio no qual muitos preferem não se arriscar. Porém, talvez seja a única ou a melhor maneira de se alcançar, ou pelo menos chegar o mais próximo possível, daquilo que chamamos de felicidade. Mas então, porque ainda não me sinto satisfeito? Será que ainda não sei o que quero? Ou será que todo esse tempo venho me enganando, achando que faço o que quero enquanto na verdade faço o que preciso ou o que estou destinado? Ou ainda: apenas percorro o único caminho que consigo vislumbrar diante de mim? Vivo da única forma que sei...

Somente atender desejos pueris não me trouxe plenitude. Todavia, deixar de atendê-los me deixa mais vazio ainda... Tenho medo, pois se assim o é com os pueris, o que será dos desejos maiores tidos por todos como fontes da tão almejada realização pessoal? Começo a duvidar da felicidade...